de 2011
  

Uniban volta atrás na expulsão de aluna por minissaia

A decisão de revogar a expulsão da estudante Geisy Arruda não muda o andamento do inquérito policial aberto na delegacia da mulher de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.
O reitor da Universidade Bandeirante, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, cancelou, nesta segunda, a decisão de expulsar a aluna do minivestido.

A decisão de revogar a expulsão da estudante Geisy Arruda foi tomada no início da noite e não muda o andamento do inquérito policial aberto na delegacia da mulher de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.
Os advogados de Geisy Arruda alegam que a estudante foi vítima de sete crimes. Entre eles, cárcere privado e atos obscenos.

A estudante foi hostilizada por colegas da Uniban, Universidade Bandeirantes, por usar um vestido rosa e curto. Ela só pôde sair da faculdade escoltada por policiais.

Imagens do tumulto foram parar na internet e o caso ganhou repercussão internacional no fim de semana, depois que a universidade decidiu expulsar a estudante.

Em nota, a Uniban havia alegado que Geisy demonstrou "desrespeito aos princípios éticos, à dignidade e à moralidade" e que, mesmo "alertada, não modificou seu comportamento."

Os advogados da estudante convocaram uma entrevista na tarde desta segunda-feira para falar sobre o caso. Geysi rebateu o principal motivo apresentado pela Uniban para a expulsão, disse que nunca foi alertada de que a forma dela se vestir era considerada inadequada pela universidade

“Se isso fosse problema, que eles tivessem me barrado na porta, eu teria voltado humildemente pra casa. Isso não foi feito", disse a estudante

Os advogados de Geisy vão pedir na Justiça indenização por danos morais e materiais. “Eu fui a vitima. Não quero afrontar ninguém, eu sé quero estudar, sentar e estudar. Passar de ano”, disse Geisy.

O Ministério Público Federal instaurou inquérito para investigar a conduta da universidade. E o Ministério da Educação notificou o ministério publico estadual para que estude sanções à Uniban por desrespeito aos direitos humanos.

“Episódios como esse não podem passar branco, para que eles não passem a fazer parte da paisagem, para que agressões como essa não sejam banalizadas”, disse Nilcéa Freire, secretária Especial de Políticas para Mulheres.

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Pedro Filho