Um rituais mais importantes da sociedade ocorre toda vez que alguém morre. Deixamos o corpo do morto exposto para o último adeus, reunimos parentes e amigos, e, após algumas horas de luto coletivo, fechamos o caixão e enterramos o cadáver.
Nesta cerimônia relembramos os feitos do falecido, rezamos e fazemos o possível para garantir uma boa passagem do morto para o lado de lá - seja lá o que isso possa significar.
É claro que, por se tratar de uma reunião, aproveitamos para matar a saudade de pessoas que há muito tempo não víamos. Por isso, velórios são o lugar favorito para aprender piadas e descobrir como anda aquele seu primo doidinho do interior.
Mas, é claro que nem todos os povos agem da mesma maneira diante da morte de alguém querido. Os rituais mudam bastante. O povo da etnia Bo, que vivia no sudoeste da China, tinha uma maneira peculiar de "enterrar" os caixões.
Nada de ficar a sete palmos do chão. Lugar de morto é no alto. Os caixões eram pendurados em um penhasco e ficavam por lá para a contemplação de toda a sociedade.
Outros preferem não enterrar seus mortos. Seus corpos são mais úteis se servirem de alimento. No caso de alguns tibetanos, o cadáver da pessoa querida é colocado em um local estratégico para virar comida de abutre. Desta maneira, o morto continua útil, mesmo depois de ter passado desta para melhor.
Já algumas tribos indígenas, como os Wari, da Amazônia, ou os Korowai, de Papua Nova Guiné, preferem usar a carne dos mortos para alimentar a própria tribo. Amor canibal para fortalecer a todos com o espírito daquele que está partindo.
E por falar em amor, uma prática hindu chamada Sati levava a paixão e a fidelidade da mulher às últimas consequências. Segundo esta tradição, ao se tornar viúva, a esposa deveria imolar seu corpo para morrer junto ao marido. Assim, ela se transformaria em deusa e provaria sua lealdade.
Para quem pensa que isso é coisa do passado, nos últimos quatro anos o ritual, que é condenado pela atual lei indiana, foi praticado três vezes.
Falamos de tribos e rituais antigos, mas um prática moderna vem se tornando cada vez mais comum àqueles com dinheiro no bolso. Virou moda partir deste para outro mundo na hora da morte. Literalmente. O malucão Timothy Leary, pai do LSD, por exemplo, foi cremado e teve as cinzas lançadas no espaço.
0 comentários:
Postar um comentário